segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A 8ª rodada e o desfecho dos Encontros da Tradição Oral em Ilhéus


Evento final dos Encontros da Tradição oral
8º ETO | foto: Flávio Rebouças
A 8ª rodada dos Encontros da Tradição Oral no Candomblé Angola-Congo (ETOs), trazendo reflexões sobre o Mês da Consciência Negra, aconteceu na noite do dia 21 de novembro e marcou o final da temporada de encontros com Mãe Ilza Mukalê e seus convidados. No evento de encerramento a anfitriã contou com a participação do Profº Milton Moura (UFBA), Mestre Jorge Rasta (Casa do Boneco) e Mãe Gessi (Terreiro Ilê Axé Loi Loyá) como convidados e convidada, além de um público de cerca de cem pessoas. O tema tratado foi: “Matriz Africana: Ancestralidades, tendências socioculturais e politicas de cor”.  

Mãe Ilza e os convidados da noite | foto: Flávio Rebouças
Na ocasião, os convidados e Mãe Ilza trataram de questões históricas, fazendo um paralelo com a trajetória de vida e militância de cada um, para analisar a atual conjuntura das questões étnico-raciais no Brasil. No final, o público presente e os convidados “caíram” no samba de roda puxado pelo grupo Samba de Treita, a atração artística da noite.







 
Fotos: Flávio Rebouças
 
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A Tradição Oral

Mãe Ilza Mukalê | foto: Flávio Rebouças
De acordo com Marinho Rodrigues, diretor da ONG Gongombira e diretor geral do projeto Mãe Ilza Mukalê II: Música, Identidade e Memória (MIM II), o objetivo dos ETOs “é valorizar a memória da religiosidade de Matriz Africana a partir da riqueza do conhecimento oral de Mãe Ilza e de outros mestres e mestras do saber popular, fortalecendo a identidade negra e promovendo espaços de debates sobre a temática afrodescendente em nossa região”. Ele completa, “todos os encontros tiveram muitas zuelas de candomblé, ladainhas de capoeira, sambas de roda, cantigas… e a nossa intenção com isso é falar da nossa história a partir da nossa músicalidade, como os nossos ancestrais sempre fizeram”.


Os Encontros 
Abará | fotos: Flávio Rebouças
Consumado em oito sextas-feiras no decorrer dos meses de outubro e novembro, os Encontros da Tradição Oral contaram com a participação total de 11 convidados e contemplou em média 70 pessoas por encontro. O evento aconteceu em Ilhéus, no barracão do Terreiro Matamba Tombenci Neto, e fez parte do projeto MIM II, realizado pela Organização Gongombira de Cultura e Cidadania.

A cada sexta um tema central indicava o caminho que as conversas com Mãe Ilza e seus convidados transitariam no decorrer de cada uma das oito noites.

Na 1ª rodada o convidado de Mãe Ilza foi o Mestre Ney (Dilazenze), com o tema “Música de Louvor à Natureza e à Vida”; a 2ª rodada teve Mestre Virgílio (Capoeira Angola Mucumbo) e o tema “As zuelas para os nkisses do candomblé Angola e as ladainhas da capoeira Angola”; a 3ª rodada foi com Mill Onilètó (Juventude de Terreiro) e o tema “Antiguidade é Posto: Diálogo musical entre o novo e o antigo”; “A Música e as Manifestações Culturais de Matriz Africana: O sagrado e o profano” foi com Mãe Laura Sandoyá (Ilê Axé Guaniá de Oiá ) na 4ª rodada; Ruy Póvoas (Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon) esteve na 5ª rodada falando sobre “Iyá Tidu e Menjingã: O candomblé e a escravidão no Engenho de Santana”; também foi discutido “Cultura, Mercado e Candomblé” na 6ª rodada com a participação do Profº Flávio Gonçalves (UESC); Representando os movimentos sociais da região Egnaldo França (Preafro e Encantarte) participou tendo como tema “Cultura negra e periferia: militância em movimento” ; e, finalizando o ciclo de atividades, a 8ª rodada contou com a presença de Mestre Jorge Rasta (Casa do Boneco), Mãe Gessi (Terreiro Ilê Axé Loi Loyá) e o Profº Milton Moura (UFBA), falando sobre “Matriz Africana: Ancestralidades, tendências socioculturais e politicas de cor”.

Entre o público do evento estiveram presentes representantes de movimentos sociais, jovens de comunidades negras e de terreiros, a comunidade circunvizinha ao terreiro, pesquisadores, estudantes, professores e outros.

Os Encontros da Tradição Oral do projeto MIM II contaram com o apoio financeiro da Secult-BA, além do apoio institucional da UESC, Dilazenze, Rede Matamba, Teatro Popular de Ilhéus e UNIRIO.

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ASCOM Flávio Rebouças

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