terça-feira, 30 de junho de 2015

Biblioteca Pública de Ilhéus é reinaugurada com espaços multiuso

A reinauguração da Biblioteca Pública Municipal Adonias Filho aconteceu no aniversario da cidade
Em comemoração ao aniversário de 481 anos de fundação da cidade de Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro reinaugurou, no domingo, 28 de junho, a Biblioteca Pública Adonias Filho, instalada no histórico prédio General Osório, localizado na Praça Castro Alves, no centro da cidade, totalmente recuperada. A solenidade contou com as presenças do vice-governador da Bahia, João Leão, do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, os deputados federais Davidson Magalhães, Mário Negromente Júnior e Cacá Leão, deputado estadual Eduardo Sales, secretários municipais e outras autoridades.
Ao presidir a solenidade, o prefeito Jabes Ribeiro lembrou que encontrou o prédio da biblioteca (primeiro colégio público de Ilhéus), praticamente em ruínas. Com recursos próprios do município, foram feitas revisão nas instalações elétricas e hidráulicas, melhoria no telhado, recuperação dos forros, pisos, paredes, área interna e colocação de pisos antiderrapantes. A Biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 8 horas ao meio-dia.
Por sua vez, o secretário municipal de Cultura (Secult), Paulo Atto, ressaltou que Ilhéus é um dos primeiros municípios do sul da Bahia a oferecer ao público um espaço específico que centraliza diversas atividades culturais. O equipamento abriga salas de incentivo à leitura infantil, para exposições de trabalhos de artistas plásticos regionais, uma sala para a Economia Criativa, em parceria com o Sebrae e a Universidade Estadual de Santa Cruz, e outra para sede do Conselho Municipal de Cultura. O auditório da Biblioteca ganhou o nome do escritor Hélio Pólvora.

Itinerante – Paulo Atto ressaltou que vai funcionar também uma biblioteca itinerante, cujo objetivo consiste em ações para estimular, nas crianças e adolescentes, o prazer da leitura e do livro. Atto destacou que a proposta é fomentar o hábito de ler como instrumento de diversão, aprendizagem e percepção do mundo.
A inauguração contou com a abertura do uma exposição do fotógrafo José Nazal, atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus, que enfatizou a importância da reabertura da biblioteca pública. “Estas ações permitem aos ilheenses e visitantes conhecer a história e as estórias de Ilhéus, através de registros fotográficos do passado e a história contemporânea”, declarou.
Para a exposição itinerante, a Secult colocou 26 fotografias das primeiras seis décadas do século XX, mostrando as modificações urbanas de Ilhéus ao longo dos últimos anos. As fotos estão com breve descritivo para facilitar o entendimento dos visitantes. Os trabalhos ficarão na sala por tempo indeterminado.

Prefeito outorgou 11 Comendas do Mérito de São Jorge dos Ilhéus

por Secom
29/06/2015 15:29
Onze comendas foram outorgadas pelo prefeito Jabes Ribeiro durante o aniversário de Ilhéus.
O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, entregou, em cerimônia oficial que marcou o aniversário 481 anos de história da cidade, no domingo, 28, onze Comendas do Mérito de São Jorge dos Ilhéus a cidadãos que contribuíram com o desenvolvimento da cidade. A solenidade, realizada no Auditório Jorge Amado do Centro de Convenções, foi prestigiada pelo vice-governador da Bahia, João Leão, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, pelos deputados federais Davidson Magalhães, Cacá Leão e Mário Negromonte Jr., e o estadual Eduardo Sales, a prefeita de Barro Preto, Jaqueline Mota, a primeira-dama do município, Adryana Ribeiro, além de familiares e amigos dos agraciados e imprensa.
Receberam as comendas o vice-governador da Bahia, João Leão, o presidente da Alba, Marcelo Nilo, a candomblecista Mãe Ilza Rodrigues, o radialista Jorge Raposo, o historiador José Resende Mendonça, a militante cultural Lindaura Kruschewsky, a Presidente da Associação dos Diabéticos de Ilhéus (ADI) Célia Oliveira Cardoso, o jornalista e poeta João Hygino Filho, o professor Manoel Renato de Souza, o pastor Hildelfonso Trindade, e o funcionário público Antônio Carlos Conceição Cerqueira.
De acordo com o prefeito Jabes Ribeiro, a escolha dos novos comendadores se deu pelas contribuições destes para o desenvolvimento da cidade. “Não tivemos dúvida, ao escolhê-los, que essas onze personalidades se esforçaram e se esforçam para ver nossa cidade mais bonita, humana e mais justa”, declarou.
A escolha dos agraciados levou também em consideração a representatividade dos diversos setores da sociedade ilheense. O vice-governador João Leão afirmou que a honraria o deixa ainda mais apaixonado por Ilhéus. O radialista Jorge Raposo, que nasceu no Rio de Janeiro, mas escolheu a cidade para viver, se emocionou. “Moro aqui há décadas e vejo o meu trabalho, hoje, mais uma vez reconhecido pela nossa comunidade”, disse Raposo.
Biografia

João Felipe de Souza Leão - nasceu em 27 de fevereiro de 1946, em Recife, Pernambuco. Deputado Federal por cinco mandatos. Foi secretário de Infraestrutura do Estado, Chefe da Casa Civil de Salvador e Prefeito de Lauro de Freitas. Atualmente é o Vice-Governador e secretário de Planejamento da Bahia.
Marcelo Nilo - Nasceu em Antas, é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal da Bahia. Foi Presidente da Embasa. É Deputado Estadual por sete mandatos e Presidente da Assembléia Legislativa da Bahia pelo quinto mandato consecutivo.
Lindaura Barreto Kruschewsky – Carioca, sempre gostou de trabalhar com causas sociais e culturais. Chegou a Ilhéus em 1963. Foi bailarina e atriz. Grande incentivadora das artes e da cultura, sendo administradora da Casa de Cultura Jorge Amado. Lindaura dedicou sua vida à promoção de eventos de arte e cultura.

Hilza Rodrigues Pereira dos Santos - Mãe Hilza Mukalê  é natural de Ilhéus, nascida em 13 de março de 1934. É Fundadora e conselheira espiritual do Grupo Cultural Dilazenze, fundadora dos Grupos Afro Axé Odara e Lê-guê depá, colaboradora do Projeto Social Batukerê. Representa a quarta geração da família Rodrigues na liderança do Terreiro Matamba, tendo herdado o trono de sua mãe Dona Roxa.


Célia Oliveira Cardoso - Conhecida com “Celinha da Diabetes”, é aposentada, nascida em Ilhéus, em 1964. É Presidente da Associação dos Diabéticos de Ilhéus – ADI, voluntária na Associação de Diabéticos de Itabuna, além de integrar o mutirão dos diabéticos, o encontro nacional de jovens e adultos com diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes.
João Hygino Filho - É natural de Porto Seguro. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Ilhéus, em 1977. Jornalista,  Teólogo e poeta épico e parnasianista. Recentemente lançou o livro de poesias “Velas ao Vento”. É Vice-Presidente da Academia de Letras de Ilhéus onde ocupa a cadeira 01.
Manoel Renato de Souza - Nasceu em 05 de outubro de 1940, em Minas Gerais. Mora em Ilhéus desde 1964. Formou-se em Magistério pelo CEAMEV e é graduado em Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia de Itabuna. Foi vereador do Município por dois mandatos. É incentivador do esporte e foi Presidente da Liga de Ilhéus. Atualmente é o Diretor do Colégio Impacto.

José Rezende Mendonça - Nasceu em Ilhéus, no bairro do Pontal. É técnico agrícola aposentado pela CEPLAC. Foi professor da UESC.  Trabalhou por 30 anos como foto-intérprete no mapeamento temático de solos, vegetação, uso da terra, hidrografia e relevo o que lhe rendeu o título de “Ceplaqueano Exemplar”. Publicou diversos livros, dentre eles “Pontal entre o Passado e Presente”.
Pastor Hildefonso Trindade - Nasceu em Itabuna no ano de 1925. É evangélico há 75 anos e pastor há 45. Foi Pastor por quatro vezes da Igreja Presbiteriana de Ilhéus. Se declara um “amante profundo da Cidade de Ilhéus”.

Jorge Raposo - Nasceu em Ilhéus em 03 de julho de 1941. Após sonhar durante toda a adolescência com a carreira radiofônica, iniciou sua trajetória profissional na Rádio Cultura de Ilhéus, depois nas Rádios Jornal e Bahiana. É casado e tem três filhos. A partir de 1965, atuou em emissoras do Rio de Janeiro. Trabalhou na divulgação de cantores famosos (Chico Silva, Peninha, Alcione, Erasmo Carlos, Jair Rodrigues, Zizi Posse e Sidney Magal), na Continental Disco, na RGE e na Polygram.
Antônio Carlos Conceição Cerqueira - Nasceu em Itabuna, em 1954. É casado e tem dois filhos. Doou ao Município o terreno onde foi construída a Escola Municipal Reis Cerqueira, nos Distrito de São José. Comprometido servidor público municipal desde 1983. É garçom do Gabinete do Prefeito e tem como hobby fotografar autoridades, artistas e famosos e visitam a sede da administração municipal.

MÃE ILZA MUKALÊ E CONDECORADA COMENDADORA DO MÉRITO DA ORDEM DE SÃO JORGE DOS ILHÉUS


No último dia 28 de junho, aniversário dos 481 anos da cidade de Ilhéus, Mãe Ilza Mukalê foi condecorada comendadora da cidade de Ilhéus. A horária foi entregue pelo Prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, pela primeira dama Adriana Ribeiro e da Secretaria municipal de Educação Marlúcia Medes da Rocha. A comenda do Mérito da Ordem do mérito de São Jorge dos Ilhéus, e a mais alta honraria do município. O evento foi realizado no Centro de Convenções Luiz Eduardo  Magalhães. Prestigiaram a cerimônia amigos, familiares filhos de santo do Terreiro Matamba Tombenci Neto
Mãe Ilza Mukalê é uma figura importante na sociedade Ilheense, no fortalecimento das religiões de matriz africana, na educação e no fomento da cultura afro-brasileira no município de Ilhéus. Por tanto muito merecido essa homenagem a nossa mãe Ilza Mukalê, disse Marinho Rodrigues.




















PRIMEIRO MODULO DO CURSO DE PERCUSSÃO DA ESCOLA NGOMAS FOI FINALIZADO NO DIA 18 DE JUNHO


Veja como foi o encerramento do primeiro módulo de Percussão Angola / Congo da Escola Ngomas de Percussão e Dança Afro realizado no último dia 18 de junho no Terreiro de Matamba Tombenci Neto no alto da Conquista.



















quinta-feira, 25 de junho de 2015

CONVITE - ENTREGA DA COMENDA DO MÉRITO DA ORDEM DE SÃO JORGE DOS ILHÉUS


O Terreiro de  Matamba Tombenci Neto, tem o prazer de convidar toda família Rodrigues, filhos e filhas de santo  e amigos para prestigiarem Mãe Ilza Mukalê que estará recebendo  a comenda do Mérito da Ordem de São Jorge dos Ilhéus, a mais alta honraria do município de Ilhéus, por sua importante contribuição  na sociedade Ilheense, no fortalecimento das religiões de Matriz Africana, na educação e na cultura Afro-Brasileira da nossa cidade.
Data: 28 de Junho de 2015
Local: Centro de Convenções de Ilhéus
Horário: 10:00h
Certos de contarmos com vossa presença, desde já agradeceram e reiterarmos protestos da mais alta estima e apreço.  

Cordialmente,

Marinho Rodrigues 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Nota da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde contra os atos de intolerância religiosa


As religiões sempre ocuparam papel importante em nosso país, na construção social, política, cultural, influenciando formas de ser e agir em nossa sociedade. Isso pode ser constatado em nosso cotidiano quando nos deparamos com símbolos religiosos em hospitais, fóruns, ou em outros espaços públicos, nos feriados religiosos como: Sexta Feira da Paixão, Corpus Christi, Dia de Nossa Senhora Aparecida que é considerada a Padroeira do Brasil. Nos quartos de hotéis quando abrimos as gavetas e lá está o Novo Testamento, na virada do ano quando levamos flores e presentes para Iemanjá, nas escolas com o ensino religioso.
Sabemos que as religiões são reconhecidas como um direito humano e encontram proteção no texto constitucional brasileiro, ao lado de afirmativas da laicidade do Estado, que terá a obrigação de proteger indivíduos e grupos para o exercício de suas crenças, assim como devem ser protegidos os direitos daqueles que não tem religião no Brasil.
Verificamos hoje no Brasil o aumento da intolerância religiosa que vem crescendo e atingindo principalmente as religiões afro-brasileiras, devido ao papel que o racismo tem na produção de suas tentativas de inferiorização somando-se a desigualdade social, a discriminação racial e de gênero, além do preconceito de classe, da homofobia, lesbofobia e transfobia.
Dados históricos mostram que o Brasil só vem dando continuidade ao processo iniciado anos atrás de violação de direitos, com a autorização do Estado Brasileiro que deveria fazer cumprir a Constituição Brasileira, que estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma de lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. 
Isso pode ser constatado no Quebra de Xangô, em 02 de fevereiro de 1912, com a invasão e destruição dos terreiros em Alagoas(Maceió), um violento episódio de perseguição aos Pais e Mães de Santo. No Rio de Janeiro não foi diferente e temos a prova viva da violação dos direitos do povo de terreiros na “assim chamada” Coleção Magia Negra. Essa coleção é constituída de adereços e insígnias dos Orixás que foram retirados sem autorização dos terreiros, apreendidos pela polícia e foi fruto da repressão policial às casas de santo na primeira metade do século XX. A coleção encontra-se, ainda hoje, sob a custódia do Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro, perpetuando uma memória viva de um dos aspectos da violência e de desrespeito à dignidade humana e a uma tradição religiosa.
Hoje nada mudou, pois a intolerância religiosa se afirma com a conivência do Estado Brasileiro que prefere ficar omisso a essa questão apesar da Constituição Brasileira e de ser signatário de vários Tratados Internacionais como a Declaração Universal de Direitos Humanos e da Declaração para a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação baseada na Religião ou crença adotada pela ONU em 1981. E ainda descumpre o Estatuto da Igualdade Racial (Lei Federal nº 12.288 – 20 de junho de 2010) que possui um capítulo voltado para as religiões de matriz africana no qual “diz: as religiões de matriz africana são reconhecidas juridicamente com estatuto de religião, em patamar de igualdade com todas as demais confissões religiosas. A liberdade de crença contempla: liberdade de liturgia; livre exercício do culto e proteção aos locais de culto. Ao poder público cabe combater a intolerância e discriminação que se abatem sobre fiéis No tocante aos meios de comunicação, é dever do Estado coibir a difusão de imagens e abordagens que exponham pessoas ao ódio ou escárnio motivados por preconceito contra as Religiões Afro-Brasileiras.”
Estamos diante de uma grande questão: como o poder público vem combatendo a intolerância religiosa e a discriminação?
Os acontecimentos mostram que o poder público não tem essa pauta como prioridade, muito pelo contrário, onde muitas das vezes ele é o próprio agente opressor, como foi o caso em 2008, da demolição parcial do Terreiro Oyá Onipó Neto por funcionários da Superintendência Municipal de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) na Bahia.
Outro episódio que aconteceu em 25 de agosto de 2014 e que foi noticiado na televisão, mostrou um estudante de 12 anos impedido de entrar na escola pública em que estudava por usar guias de candomblé. O caso ocorreu na escola municipal Francisco Campos, na cidade do Rio de Janeiro. A pesquisadora Denise Carrera, ligada à Plataforma de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), levantou casos semelhantes de intolerância religiosa em escolas de três estados brasileiros :Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Ela observou que “ a intolerância religiosa no Brasil se manifesta principalmente contra as pessoas vinculadas às religiões de matriz africana. Dessa forma, a gente entende que o problema está muito ligado ao desafio do enfrentamento do racismo, já que essas religiões historicamente foram demonizadas”.
No Rio Grande do Sul o povo de umbanda e do batuque foi vencedor no projeto que tramitava no Legislativo deste estado que proibia o uso de animais em rituais pelas religiões afro-brasileiras. O povo de terreiro saiu às ruas, e lutou para garantir que a Constituição Brasileira fosse respeitada, já que assegura a liberdade de crença e livre exercício de culto. Paradoxalmente o projeto que queria proteger os animais não interferia nos abatedouros e aviários mostrando nitidamente um cunho racista e de intolerância ao grupo afro-religioso.
Um fato atual de intolerância religiosa que causou grande constrangimento aconteceu nesses últimos dias quando uma menina de 11 anos, iniciada no Candomblé, sofreu uma pedrada quando seguia com parentes e irmãos de santo para um terreiro na Vila da Penha no Rio de Janeiro. O fato comoveu a nação e mais uma vez o povo de terreiro precisa sair às ruas para mostrar o seu descontentamento e tomar posição no enfrentamento da intolerância religiosa e na garantia dos seus direitos.
É interessante perceber o movimento das autoridades do governo, e de algumas lideranças de outras tradições religiosas que receberam a menina e lhe prestaram solidariedade. Mas é preciso ir além, pois só esse tipo de postura não garante o cumprimento da legislação, e não muda a posição do Estado diante de todos os acontecimentos e episódios que revelam sua omissão.
É preciso perceber também o nosso próprio movimento enquanto lideranças de terreiros e que rumos queremos tomar. Perceber que o nosso trabalho precisa ser intenso de norte a sul do país, pois os casos aqui relatados de intolerância religiosa foram aqueles que ganharam mídia e portanto foram visibilizados, porém, temos muitos outros casos acontecendo que não tomam essa dimensão, ou seja, nem tomamos conhecimento.
É preciso compreender que racismo e todas as formas de intolerâncias causam sofrimento psíquico e que não afetam somente a pessoa, afetam sua família e sua comunidade.
Estamos em tempo de realização de diversas conferências nacionais e temos que incluir essa luta em nossas pautas. E como já se aproximam as eleições municipais, a nossa atenção também deverá ser cuidadosa para eleger representantes que defendam nossos direitos e a nossa tradição.
Entendemos que transformar esta realidade deve ser um compromisso de governos, segmentos religiosos, movimentos sociais e de todas as pessoas para a construção de uma sociedade fundada em valores que fortaleçam o respeito à diversidade religiosa, aos direitos humanos e a uma cultura de paz.
Precisamos continuar lutando para que as diversas formas de intolerâncias sejam coisas do passado e que os direitos sejam realmente garantidos para todas e todos, religiosos ou não.
Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde