Foi na forma de causos e num clima de sambas de rodaque Mãe Ilza Mukalê e o babalorixá Ruy Póvoas fizeram da 5ª rodada dos Encontros da Tradição Oral no Candomblé Angola-Congo (ETO) a representação da alegria e da valorização da religião de matriz africana. O tema discutido foi "Iyá Tidu e Menjingã: O candomblé e a escravidão no Engenho de Santana", sendo Iyá Tidu avó de Mãe Ilza e Mejigã bisavó de Ruy Póvas. foto: Flávio Rebouças
5ª rodada dos ETO | foto: Flávio Rebouças
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As duas ancestrais, Yiá Tidu e Mejigã, que viveram
na região do histórico Engenho de Santana, foram lembradas por protagonizarem
atos de resistência étnica e religiosa no período escravocrata em Ilhéus.
A 5ª rodada dos Encontros da Tradição Oral
aconteceu no Terreiro Matamba Tombenci Neto, no dia 31 de outubro
(sexta), e reuniu um público interessado em conhecer um pouco mais
sobre a história da região a partir da oralidade. O evento faz parte
das atividades do projeto Mãe Ilza Mukalê II: Música, identidade e memória
(MIM II).
foto: Flávio Rebouças
O projeto MIM II também oferece o Curso de Formação e
Qualificação de Agentes Culturais, que oferece oficinas, laboratórios
artísticos e vivências, colaborando na formação de jovens moradores de
comunidades negras e de terreiro. Nos dois dias seguintes à 5ª rodada do
ETO os jovens estudantes participaram da oficina de Confecção de Adereços,
ministrada por Vane Rodrigues, e reencontraram-se com o Profº Vicenzo
Cambria (UNIRIO) na perspectiva de construção da Pesquisa Participativa.
A realização do projeto Mãe Ilza Mukalê II: Música,
identidade e memória é uma realização da Organização Gongombira, com o apoio
financeiro da SECULT-BA e os apoios institucionais da UESC, UNIRIO, Teatro
Popular de Ilhéus e Bloco Afrocultural DIlazenze.
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