O
Memorial Unzó Tombenci Neto se consolidou, durante a 15ª Semana Nacional de
Museus, como um importante espaço de resgate e preservação histórico-cultural
do candomblé de Angola na Bahia e do Terreiro Matamba Tombenci Neto (TMTN). O
museu recebeu visitas de turistas, pesquisadores e estudantes, de 15 a 19 de
maio, que participaram também de rodas de conversas com Mãe Ilza Mukalê,
matriarca do TMTN e exibição de filmes.
Na
segunda-feira, dia 15, o memorial recebeu a visita de um grupo de turistas
alemães, interessados na cultura afro-baiana. Na terça, dia 16, foi a vez dos alunos
da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) conhecerem mais sobre a história
do Terreiro Matamba Tombenci Neto.
Na
quarta-feira, dia 17, alunos do 1° e 2° ano, do Programa de Educação de Jovens
e Adultos (Proeja), do CEEP, visitaram o Memorial Unzó Tombenci Neto e participaram
da roda de conversa com Mãe Ilza Mukalê, supervisionados pelas professoras
Nilamaci e Suellen. Encerrando a programação da 15ª Semana Nacional de Museus,
estudantes do curso de Guia de Turismo, do CEEP, fizeram uma visita técnica ao
espaço para entender como funciona o memorial e também conheceram a história do
terreiro centenário de candomblé Angola.
Marinho
Rodrigues, coordenador do projeto Otambí, o Memorial Unzó Tombenci Neto, explica
que já desenvolve há certo tempo, na cidade de Ilhéus, um Programa de Educação
Patrimonial com estudantes de escolas públicas e particulares, e outros
setores. “A diferença é, que com o projeto Otambí, dinamizamos ainda mais essas
ações, pois a 15ª Semana Nacional de Museus, fortaleceu nosso programa e deu
ainda mais visibilidade ao Memorial Unzó Tombenci Neto”, destacou Marinho.
Vale
ressaltar também, que, esse ano, o Programa de Educação Patrimonial teve início
em abril e o Memorial recebeu a primeira visita no dia 19 de abril, quando
integrantes do Grupo Afro Encantarte, de Itabuna, conheceram o espaço e participaram
de um bate papo Mãe Ilza Mukalê, matriarca do Terreiro de Matamba Tombenci Neto.
A
programação do Memorial Unzó Tombenci Neto, durante a 15ª Semana Nacional de
Museus, integra o Programa de Educação Patrimonial do projeto Otambí, uma
iniciativa da Organização Gongombira de Cultura e Cidadania, que conta com apoio
financeiro do
Governo
do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de
Cultura da Bahia.
O Memorial:
Inaugurado
em 2006, o Memorial Unzó Tombenci Neto foi o primeiro de matriz africana do Sul
da Bahia. Possui um acervo de fotografias, documentos e objetos preservado, que
conta a história do centenário Terreiro de Candomblé Angola da Bahia, fundado
em 1885. A história do Terreiro Matamba Tombenci Neto teve início ainda no
século XIX, mais precisamente no ano de 1885, quando Tiodolina Félix Rodrigues,
a Nêngua de Inkice Iyá Tidú, fundou o Terreiro Aldeia de Angorô. Hoje, dirigido
por Mameto Mukalê (Ilza Rodrigues), o Terreiro de Candomblé Angola da Bahia tem
uma longa tradição na cidade e caracteriza-se também por possuir uma intensa
relação com a comunidade do Alto da Conquista.
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