Com o objetivo de revelar as histórias que moldam a identidade sul baiana e de aproximar a comunidade aos museus ilheenses, foi lançado o Circuito de Memória, no último dia 10 de abril, na Casa de Cultura de Jorge Amado, no centro da cidade. Uma iniciativa da Rede de Museus e Pontos de Memória do Sul da Bahia, com o apoio da Secretaria de Cultura (Secult) de Ilhéus. O circuito integra o Programa de Educação Patrimonial, desenvolvido pela Secult desde 2013.
Estiveram presentes ao lançamento o vice-prefeito, Carlos Machado (Cacá), representando o prefeito Jabes Ribeiro, o Secretário de Cultura, Paulo Atto, a presidente da Rede de Museus e Pontos de Memória do Sul da Bahia, Maria Helena, e o coordenador do Centro de Documentação e Memória Regional (CEDOC) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), André Rosa.
Durante o evento, foram apresentados os museus que fazem parte do Circuito e a contribuição de cada espaço para a formação e preservação da identidade regional. Logo em seguida, houve a apresentação das placas de identificação dos locais. Assim, o observador poderá reconhecer os espaços que fazem parte do Circuito de Memória.
Com a proposta de aproximar a comunidade ilheense à sua cultura, o Circuito proporcionará aos observadores ideias e sensações que ampliam o conhecimento e aprofundam a consciência de identidade. Funcionará ainda como mais uma opção de roteiro turístico para os visitantes, incentivando o turismo com caráter cultural em Ilhéus, ao possibilitar o acesso dos visitantes a arquivos documentais e iconográficos da cidade. Segundo o secretário de Cultura, Paulo Atto, a iniciativa permitira trabalhar com visitantes a educação patrimonial, ao promover a visitação mais frequente de estudantes e da comunidade em geral.
Casa de Cultura Jorge Amado – Palacete da década de 1920, onde o escritor morou em sua infância e adolescência com seus pais. Em 1997, foi inaugurada como Casa de Cultura, com acervo que conta sua história, contendo objetos pessoais, vestimentas, fotografias etc.
Museu do Mar e Capitania – O museu possui em exposição animais marinhos empalhados e conservados no álcool. Fotos antigas e atuais de Ilhéus, máquinas fotográficas antigas, espaço de literatura com livros e poesias de escritores regionais. Espaço sobre a estação Ferroviária Rio do Braço e imagens de fotógrafos da região.
Museu do Cacau/UESC – O acervo sob a guarda do Museu do Cacau/UESC resgata a história do homem grapiúna e da lavoura do cacau.
Museu da Piedade – Exposição de longa duração de Arte Sacra e mobiliário do início do século XX, agregado à capela de Nossa Senhora da Piedade, de arquitetura neogótica, ímpar na Bahia.
Memorial Misael Tavares – O coronel Manoel Misael da Silva Tavares (1867/1938) foi considerado o rei do cacau. Banqueiro, político e industrial, ele deixou inúmeras obras na cidade. Em 1930, construiu o Ilhéus Hotel, o primeiro prédio de concreto armado com vários andares e com elevador interior da Bahia. Seu memorial inclui moedas, folhas de cheque, fotos, dentre outras peças.
Casa de Arte Baiana – Acervo particular do alemão Michael Eckes, que adquiri e expõe obras de artistas baianos desde os anos 1970.
Memorial Unzó Tombenci Neto – Primeiro Memorial de Matriz Africana do Sul da Bahia, reúne material oriundo da longa história do centenário Terreiro de Candomblé Angola da Bahia, fundado em 1885.
Grupo de Preservação da Cultura Negra Dilazenze – Desenvolve projetos políticos, culturais, carnavalescos e educacionais desde 1986, buscando resgatar a auto-estima da população negra através das atividades de conscientização e preservação da identidade.
Associação Filtro dos Sonhos – A instituição propõe projetos de valorização da arte e cultura. Ponto de Leitura do Estado da Bahia (biblioteca comunitária); promove visitas guiadas de alunos, comunidade e turistas ao Alto São Sebastião, marco da cidade de Ilhéus, que configura-se como Museu a Céu aberto.
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