A Secretaria
Municipal de Cultura (Secult), em parceria com a Rede Nacional de Religiões
Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), promove nos próximos dias 12 e 13, o
encontro denominado de Terreiro Legal, com a finalidade de se debater os
aspectos relacionados ao livre exercício do direito à liberdade de crença e
religião em Ilhéus. Para este evento, estão sendo convidados sacerdotes e
praticantes de religiões afro-brasileiras do município, assim como os
interessados no tema, sendo que no dia 12, o encontro ocorre das 15 às 18
horas, e no dia seguinte (13), das 9 às 12 horas.
O evento contará com a
participação de representantes do Ministério Público, Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB)-secção Ilhéus, Defensoria Pública, autoridades policiais (Polícias
Civil e Militar), estão sendo disponibilizadas 50 vagas, número máximo do
auditório Sosígenes Costa, na Casa de Cultura Jorge Amado, 21, no calçadão da
rua que também leva o nome do escritor baiano, no Centro da cidade. Os
interessados em participar do encontro, que já ocorreu no Rio de Janeiro, e de
onde virão responsáveis pela capacitação, devem garantir sua inscrição até o
dia 11, no período das 9 às 12 horas e também das 14 às 18 horas.
Durante os dias de realização do
Terreiro Legal, serão ministradas informações referentes ao respeito de
doutrina, legislação e direitos, entre outros temas. Também será promovida uma
mesa de negociação abrangendo os direitos garantidos pela Constituição Brasileira e internacional para que os adeptos das
comunidades de terreiros tenham a liberdade de exercitar e defender a
cidadania, combatendo a violência e ainda a discriminação. O evento também tem
por meta buscar sensibilizar os setores jurídicos, públicos ou privados, além
de gestores da administração pública, para que sejam garantidos os direitos aos
membros da religião.
Criação – O Terreiro Legal foi criado pelo Centro de
Estudos Afro Brasileiro Ironides Rodrigues e a Rede Nacional de Religiões
Afro-Brasileiras e Saúde, contando com o apoio do Fundo Brasil de Direitos
Humanos, tendo como principal prioridade fortalecer os direitos dos povos de
terreiro, devido o imaginário social e as representações negativas sobre as
religiões afro-brasileiras, levarem a sociedade a colocar essa tradição
religiosa ocupando um lugar de menor prestígio do que outras tradições
religiosas. Com isso, ficam em desvantagem na legitimidade social conquistada
por outros campos religiosos, portanto, constituindo-se como um grupo religioso
possível de negação de direitos.
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